SLU, Assistência Social e Fiscalização de Controle Urbanístico e Ambiental farão paralisação nesta quarta-feira por direito a vacinação

SLU, Assistência Social e Fiscalização de Controle Urbanístico e Ambiental farão paralisação nesta quarta-feira por direito a vacinação

Após assembleia virtual realizada nesta terça-feira (23), trabalhadores da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), da Assistência Social e da Fiscalização de Controle Urbanístico e Ambiental de Belo Horizonte resolveram cruzar os braços por 24 horas nesta quarta-feira (24).

Um ato simbólico, com representantes das três categorias, será organizado pelo SINDIBEL (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte) em frente à PBH, entre 12h e 12h30, nesta quarta-feira. O ato contará apenas com representantes das categorias, respeitando o distanciamento social. Não haverá mobilização dos trabalhadores para o local, nem aglomeração.

Mesmo sendo essenciais para o funcionamento da cidade, fiscais, garis e assistentes sociais, que estão trabalhando sem parar desde o início da pandemia de Covid-19, não estão sequer citados no Plano Municipal de Vacinação. Os trabalhadores consideram a situação um descaso, uma vez que caminhoneiros e a população de rua, com o qual eles têm contato diário, estão sendo vacinados.

Com o recrudescimento da pandemia em Belo Horizonte, em que a ocupação de leitos tem aumentado de forma constante e o número de óbitos e casos se mantém em patamar elevado, os servidores e as servidoras estão com medo. Por serem serviços essenciais, eles circulam todos os dias, tendo contato direto com a população.

Dentre as atividades exercidas por estes profissionais, estão o atendimento à população pelos Cras (Centro de Referência da Assistência Social), a fiscalização de locais que deveriam estar fechados pelos critérios de distanciamento social e a limpeza de ruas e coletas de lixo. Nenhuma destas atividades parou desde março de 2020.
É importante ressaltar que os trabalhadores não querem furar a fila ou exigem ser vacinados na frente de categorias consideradas de contato direto com pacientes, como a Saúde. Pelo contrário, o que assistentes sociais, fiscais e garis pleiteiam é que pelo menos o direito à vacinação seja assegurado. A prefeitura se nega, dizendo que a responsabilidade pelo plano é do governo federal.