RELEASE – PROFISSIONAIS DE SAÚDE ESTÃO EXAUSTOS E ADOECIDOS DIANTE DE UM AUMENTO DE 104,8% NOS ATENDIMENTOS DE PESSOAS COM SÍNDROME GRIPAL

RELEASE – PROFISSIONAIS DE SAÚDE ESTÃO EXAUSTOS E ADOECIDOS DIANTE DE UM AUMENTO DE 104,8% NOS ATENDIMENTOS DE PESSOAS COM SÍNDROME GRIPAL

RELEASE À IMPRENSA

O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte, SINDIBEL, alerta que o surto de gripe e o aumento do número de casos de COVID-19 na capital gerou um aumento de demanda por consultas médicas e de enfermagem nos Centros de Saúde e UPAs de BH. Só na última semana de dezembro, foram 17.614 atendimentos, contra 8.601 na semana anterior (um aumento de 104,8%).

Nessa semana, somente até quarta-feira (4 dias), foram 15.676 atendimentos e provavelmente os números vão bater novo recorde. A prefeitura havia contratado mais 667 profissionais para atuação nas campanhas de vacinação, no entanto a PBH demitiu 335 destes profissionais, ou seja, cerca de 50% da equipe contratada para suporte no sistema de saúde foi cortada, mesmo diante do contexto de colapso que vivenciamos neste momento.

É importante salientar também que essa 3ª onda que se inicia em BH, encontrou um sistema de saúde e seus profissionais em uma situação delicada: equipes médicas e de enfermagem incompletas, profissionais de saúde cansados e desvalorizados. Após 2 anos de intenso trabalho, com mais de 2.868 profissionais de saúde infectados pela COVID (de acordo com os últimos dados publicados pela PBH sobre o tema em 13/09/2021 no boletim epidemiológico) e 9 profissionais de saúde mortos da linha de frente em BH, a sensação dos profissionais de saúde é de estafa: mais uma onda e mais sobrecarga.

Após discussões entre os trabalhadores, o SINDIBEL reivindica à PBH:

  1. Abrir Centros de Testagem Pública para a população realizar o teste da COVID-19. Essa medida pode desafogar os CS e UPAs, os únicos locais que fazem teste pelo SUS em BH;
  2. Instaurar um Plano de Contingência para os Centros de Saúde, com o adiamento de consultas eletivas (não-urgentes) para que os profissionais possam se dedicar às pessoas com queixas agudas, urgentes e sintomas respiratórios;
  3. Ampliar pontos de vacinação (Igrejas, UMEIS, Shopping, etc), evitando a superlotação dos centros de saúde, visto que o aumento do número de pessoas com sintomas respiratórios no mesmo espaço de pessoas que estão apenas se vacinando, favorece o risco de propagação do coronavírus e da influenza;
  4. Recontratar os 335 enfermeiros contratados adicionalmente para vacinação e apoio ao atendimento de COVID-19 nos Centros de Saúde, visando mitigar a sobrecarga dos profissionais que atuam no sistema de saúde e a garantia de atendimento de qualidade aos pacientes;
  5. Presença de agentes de segurança fixos nos Centros de Saúde e UPA’s durante todo o horário de seu funcionamento.