MANIFESTO DO SINDIBEL AO PREFEITO ALEXANDRE KALIL, À CMBH, À POPULAÇÃO DE BH E AO MPMG

MANIFESTO DO SINDIBEL AO PREFEITO ALEXANDRE KALIL, À CMBH, À POPULAÇÃO DE BH E AO MPMG

O SINDIBEL — Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte — vem a público informar ao prefeito, aos vereadores e à população em geral a gravidade real da pandemia em Belo Horizonte. Os sistemas privado e público de Saúde entraram em colapso. 

Nas últimas 72 horas, 21 pacientes morreram nas Upas municipais. Destes, dois por falta de respiradores e dois por espera prolongada por leito de CTI.

Em toda a rede SUS-BH, 200 pessoas estão na fila por um leito. A rede privada também está com fila de espera.

Faltam equipamentos necessários para os atendimentos. Já tivemos casos em que os profissionais de saúde não tiveram pontos de oxigênio, balas de oxigênio, bombas de infusão, monitores, medicamentos ou respiradores mecânicos para pacientes.

As salas de emergência estão com lotação excedida e pacientes graves com indicação de internação em CTI estão tendo que ficar em enfermaria nas Upas. Pacientes graves, mesmo entubados, não estão monitorados por equipamentos e profissionais em quantidade e qualidade adequadas, o que aumenta o risco de morte.

Faltam profissionais de saúde. Estamos em situação de guerra. É importante saber que o número de profissionais de saúde é finito. Ainda que se criem mais leitos de CTI, a escassez de profissionais para cuidar adequadamente dos pacientes não garantirá o atendimento de qualidade necessária.

Diante disso, o Sindicato que representa os trabalhadores da Saúde em Belo Horizonte vem cobrar das autoridades a devida responsabilidade com medidas adequadas. Sem a garantia de vacinação em massa neste momento, a única medida para reduzir a ocupação dos leitos hospitalares e das UPAS é o afastamento social e, se necessário, o lockdown.

Embora caiba ao prefeito Kalil tomar esta atitude, é necessário cobrar também do presidente Bolsonaro e do governador Zema a garantia de auxílio emergencial para todas as famílias em situação de vulnerabilidade. Além disso, também é preciso, por meio dos instrumentos de Estado, garantir o suporte para os pequenos negócios que não têm as reservas econômicas necessárias para ficarem fechados.

Por fim, fazemos um apelo à população: cuidem-se, protejam-se! E cobrem dos vereadores e deputados estaduais e federais ação efetiva do Estado brasileiro para proteger os seus cidadãos.