Coren-MG faz visita de fiscalização à UPA Pampulha após denúncia do SINDIBEL de escalas desfalcadas da enfermagem
- Post by: Comunicação
- 9 de março de 2021
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O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) Bruno Farias e a vice-presidente da Entidade, Maria do Socorro Pacheco Pena, fizeram uma visita de fiscalização na manhã desta terça-feira, dia 9, na UPA Pampulha, em Belo Horizonte. A fiscalização aconteceu após solicitação do SINDIBEL.
O Sindicato denuncia que em pleno auge da pandemia as escalas de enfermagem da UPA estão desfalcadas. Na UPA Pampulha, o plantão que deveria ter 14 (quatorze) técnicos de enfermagem chegou a ter apenas 7 (sete) nas últimas semanas.
A vice-presidente do SINDIBEL, Ilda Alexandrino, e o diretor Bruno Pedralva também estiveram na visita de fiscalização desta terça-feira e alertam: a UPA Pampulha não é a única com este problema. Nas Upas Nordeste e Oeste, por exemplo, há problemas de estrutura precária e ineficiente. As péssimas condições afastam os profissionais de Saúde.
Belo Horizonte está há mais de sete anos sem concursos públicos e os contratos administrativos temporários são de salários baixos, o que influencia ainda mais para a falta de profissionais da enfermagem não só nas UPAS, mas também nos Centros de Saúde e SAMU.
A PBH paga entre R$ 952,91 e R$ 1.148,93 de salário base para técnicos de enfermagem, que ainda não recebem vale alimentação, vale transporte e insalubridade. É menos que um salário mínimo para quem é tratado como herói nesta pandemia.
A precariedade de salários e condições de trabalho também afeta outros profissionais de saúde da PBH. Mais de 90% dos profissionais recebem a título de adicional de insalubridade um valor irrisório de R$ 71,70 (setenta e um reais e setenta centavos) por mês ou R$ 3,58 (três reais e cinquenta e oito centavos) por dia para colocarem a própria saúde e a vida em risco e de seus familiares.
O SINDIBEL já comunicou a Secretaria Municipal de Saúde os problemas, mas até o momento a Pasta não se manifestou sobre as situações. O Sindicato reivindica:
- vale-transporte, vale refeição e insalubridade para os profissionais contratados
- correção dos valores de insalubridade para 10%, 20% e 40% do salário-base (conforme padrão da CLT) e o pagamento do grau máximo de insalubridade para os profissionais da saúde durante o período da pandemia.
- equiparação salarial entre contratados e efetivos no primeiro nível da carreira
- concurso público para a saúde na PBH