SINDIBEL PARTICIPA DO 4º ENCONTRO NACIONAL DOS COLETIVOS LGBTQIA+ DA CUT

SINDIBEL PARTICIPA DO 4º ENCONTRO NACIONAL DOS COLETIVOS LGBTQIA+ DA CUT

No último final de semana os coordenadores do SINDIBEL, Andreza Conrade e Paulo Machado, participaram do 4º Encontro Nacional dos Coletivos LGBTQIA+ da CUT em São Paulo. O encontro contou com a participação da Secretária Nacional dos Direitos da População LGBTQIA+, Symmy Larrat, do Coordenador Nacional do Coletivo, Walmir Siqueira e da Secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos na CUT, Jandyra Uehara. 

Foram três dias de intensos trabalhos com apresentações, debates e grupos de discussão. A atividade iniciou no dia 4 (virtualmente) e de forma presencial no sábado (6) e domingo (7). Os debates foram organizados pela Secretaria Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, em parceria com o Solidarity Center, entidade ligada à maior central sindical do hemisfério norte a AFL-CIO.

Durante as atividades foi apresentado diagnóstico das políticas governamentais e empresariais voltadas para as trabalhadoras e os trabalhadores LGBTQIA+. Segundo um levantamento realizado pela rede social LinkedIn, em 2022, quatro em cada 10 pessoas LGBTQIA+ já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho por causa de suas orientações sexuais. A pesquisa se refere a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, queer, intersexuais, assexuais e pansexuais.

Os estudos apontam que o número pode ser maior, visto que há subnotificação de casos, não sendo registrados pelas vítimas por medo de exposição, preconceito pelas autoridades e represálias de seus agressores. Alguns dos crimes notificados envolvem casos de lesão corporal dolosa, homicídio doloso e estupro.

Segundo Andreza Conrade “O 4º encontro LGBTQIA+ promovido pela CUT nacional foi maravilhoso. Palestrantes muito bons, temas de extrema relevância tratados e precisamos agora que as CUTs estaduais tenham mais empenho no tratamento das pautas discutidas”.

Para Paulo Machado “Esse encontro foi de extrema importância, uma vez que trazemos para a centralidade das políticas públicas a necessidade de serem efetivadas ações de proteção, prevenção e inclusão da população LGBTQIA+, como formas de combater as diversas formas de violência e violação de direitos vivenciadas no ambiente de trabalho e na sociedade como um todo”.

O encontro foi finalizado no domingo, com a missão de articular os coletivos de ramos da CUT – as confederações – para impulsionar outras participações, como sindicatos e movimentos sociais nos estados. Wal Siqueira foi reeleito para coordenação nacional e comandará reuniões mensais, sendo que o primeiro encontro está agendado para 14 de junho.

Umas das atribuições do Coletivo será a promoção da formação de dirigentes sindicais, sob a temática LGBTQIA+ com foco em empregabilidade, estudo e renda. Com a colaboração da Secretaria de Comunicação da CUT (Secom-CUT) e do Centro de Documentação e Memória Sindical da Central Única dos Trabalhadores (CEDOC CUT), serão organizados materiais com a memória e experiências dos coletivos em estados e municípios a fim de subsidiar a luta por direitos dessa população.

📷 | Roberto Parizotti