Ato pela vida: Sindibel coloca 1.000 cruzes na Praça da Estação em homenagem às 100 mil vítimas do coronavírus

Ato pela vida: Sindibel coloca 1.000 cruzes na Praça da Estação em homenagem às 100 mil vítimas do coronavírus

Na semana em que o Brasil chega à trágica marca de 100 mil mortos pelo novo coronavírus, o SINDIBEL organizou um ato em homenagem às vítimas da tragédia. Nesta sexta-feira (7), 1.000 cruzes foram colocadas na Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte, simbolizando os brasileiros e brasileiras que perderam a vida nesta pandemia 

O protesto, que contou com a participação de trabalhadores e trabalhadoras do serviço público de Belo Horizonte fez questão de lembrar também a situação dos servidores e das servidoras da Saúde, que estão na linha de frente de combate à doença. Há três meses, o Ministério da Saúde sequer atualiza os dados de infecções e mortes de enfermeiros, agentes comunitários e médicos pelo Sars-Cov-2.

O “Ato pela vida: 100 mil mortos pelo coronavírus”, teve também o engajamento dos servidores e das servidoras dos serviços essenciais. Como não podiam deixar de fazer o atendimento para o momento de luto, usaram uma faixa presta ou um adereço durante a jornada, mostrando seu respeito com o momento.

O presidente do Sindibel, Israel Arimar de Moura, lembrou que, mesmo com o descaso com os profissionais da saúde, o Sindicato faz questão de lembrar cada uma das vidas perdidas. “Em especial entre estes 100 mil mortes estão mais de 500 trabalhadores e trabalhadoras da Saúde. O último dado que nós temos, pela Cofem, Confederação dos Enfermeiros, pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo, é que são mais de 300 enfermeiros mortos pelo coronavírus”, afirmou.

A vice-presidente do Sindibel, Ilda Alexandrino, lembrou também do técnico de enfermagem Gerônimo Batista Pires, que era lotado na UPA Barreiro e faleceu no último dia 26 de julho. “Os agentes comunitários precisam de atenção especial e o que temos visto é que o governo não olha para os trabalhadores da saúde”, comentou.

No último dia 30 de julho, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que apenas 1 em cada três profissionais de Saúde foram testados pela doença no Brasil, e que apenas 32% dos agentes comunitários de saúde receberam equipamentos de proteção individual de forma adequada.

Os números afetam ainda mais os servidores, que têm relatado um medo cada vez maior à realidade da doença. Segundo a FGV, 89% dos agentes comunitários de saúde estão com medo da Covid-19. Entre os profissionais da enfermagem, 83% relataram medo. O índice de temor é de 79% entre os médicos e 86% nos demais profissionais da área.

Categories: Notas Oficiais